As teorias do ciborgue
o maquínico e o humano em Stanislaw Lem e Donna Haraway
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-735Palabras clave:
ciborgue, Donna Haraway, Stanislaw LemResumen
Esta conferência tem como objetivo estabelecer contrastes entre as concepções de ciborgues na Summa Technologiae, Stanislaw Lem (1960) e no A Cyborg Manifesto (1985), de Donna Haraway. Argumentamos que o ciborgue de Donna Haraway é uma resposta ao contexto do ativismo político norte-americano, em que predominam as bipolarizações e onde um sujeito de identidades múltiplas adquire um caráter subversivo e um potencial simbólico disruptivo. Já o ciborgue de Stanislaw Lem é construído como uma possibilidade real, resultado de uma extrapolação da lógica subjacente do processo evolutivo. Representaria um momento inflexivo já que, ainda inscritos à lógica subjacente, os homens ver-se-iam obrigados a invertê-la por meio de drásticas modificações somáticas nos corpos humanos. As contradições entre as duas definições abrem um rol de problemas filosóficos, técnicos e morais que pretendemos discutir.
Descargas
Citas
DELEUZE, G. e PARNET, C. (2004): Diálogos, Lisboa, Relógio D’Água.
DUTRA, R. A. (2005): O Desencantamento das Ciências, São Paulo, Tese de Doutorado, PUC.
DUTRA, R. A. (2007): “As Tecnociências, a História da SPBC e a Estruturação do Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento (SIPC)”, Anais do II Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade, Curitiba, UTFPR.
DUTRA, R. A. (2009): “Tecnociências e Burocracia: a Hierarquia das Impessoalidades”, Anais do III Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade, Curitiba.
ELIAS, N. (2009): Essays I: On the Sociology on the Knowledge and the Sciences, Dublin, UCD.
GALIMBERTI, U. (2006): Psiche e Techne, São Paulo, Paulus.
GEHLEN, A. (s.d.): A Alma na Era da Técnica, Lisboa, Livros do Brasil.
GEHLEN, A. (1984): Moral e Hipermoral, Rio de Janeiro,Tempo Brasileiro.
HARAWAY, D. (2000): “Manifesto Ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX”, em T. T. Silva: Antropologia do ciborgue: as vertigens do pos-humano, Belo Horizonte, Autêntica.
KO_AKOWSKI, L. (2008): Main currents of Marxism, Nova Iorque, W. W. Norton.
KUBRICK, S. (1969): 2001 - A Space Odissey.
KURZWEIL, R. (1999): The Age of Spiritual Machines, Nova Iorque, Penguin Viking.
LEM, S. (1960): Summa Technologiae.
LEM, S. e SWIRSKI, P. (1997): A Stanislaw Lem reader, Evanston Ill, Northwestern University Press,
MARTINS, H. (1996): Hegel, Texas e outros Ensaios de Teoria Social, Lisboa, Século XXI.
MARTINS, H. (1998): “O deus dos artefatos - sua vida, sua morte”, em H. R. de Araujo (org.): Tecnociência e Cultura, São Paulo, Estação Liberdade.
MARTINS, H. (2001): “Dois princípios filosóficos e a técnica: I. O Princípio da Plenitude; II. O Princípio de Vico”, Cadernos do CECL, Lisboa, CECL.
MARTINS, H. (2001-c): “Goodbye Body - momenta of discarnation in technoscience today”, em J. Urbano e D. Guarda (orgs.): Body Fast Forward/Corpo Fast Forward, Lisboa, Opium e Arte.
MARTINS, H. (2002): “A singularidade está próxima - prepare to meet thy doom!”, em J. B. de Bragança e M. T. Cruz (orgs.): Crítica das Ligações na Era da Técnica, Lisboa, Tropismos.
PINTO, Á. V. (1969): Ciência e Existência, Rio de Janeiro, Paz e Terra.
PINTO, Á. V. (2005): O Conceito de Tecnologia, Rio de Janeiro, Contraponto.
SAHLINS, M. (2004): Esperando Foucault, ainda, Sa_o Paulo, Cosac Naify.
SANDBERG, A. e BOSTROM, N. (2008): “Whole Brain Emulation: a Roadmap”,
Technical Report #2008-3, Oxford, Oxford University/Future of Humanity Institute.
SCHELER, M. (2008): A Situação do Homem no Cosmos, Lisboa, Edições Texto & Grafia.
SCHRÖDINGER, E. (1997): O que é vida?, São Paulo, Editora da UNESP.
SEVERINO, E. (1984): A Filosofia Moderna, Lisboa, Edições 70.
SEVERINO, E. (1987): A Filosofia Contemporânea, Lisboa, Edições 70.
TIBBON-CORNILLOT, M. (1997): Os Corpos Transfigurados: mecanização do vivo e imaginário da biologia, Lisboa, Instituto Piaget.
VOEGELIN, E. (2009): Ordem e História - O Mundo da Pólis, São Paulo, Edições Loyola
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 CC Attribution 4.0

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Todos los números de CTS y sus artículos individuales están bajo una licencia CC-BY.
Desde 2007, CTS proporciona un acceso libre, abierto y gratuito a todos sus contenidos, incluidos el archivo completo de su edición cuatrimestral y los diferentes productos presentados en su plataforma electrónica. Esta decisión se sustenta en la creencia de que ofrecer un acceso libre a los materiales publicados ayuda a un mayor y mejor intercambio del conocimiento.
A su vez, para el caso de su edición cuatrimestral, la revista permite a los repositorios institucionales y temáticos, así como también a las web personales, el auto-archivo de los artículos en su versión post-print o versión editorial, inmediatamente después de la publicación de la versión definitiva de cada número y bajo la condición de que se incorpore al auto-archivo un enlace a la fuente original.