As teorias do ciborgue
o maquínico e o humano em Stanislaw Lem e Donna Haraway
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-735Palavras-chave:
ciborgue, Donna Haraway, Stanislaw LemResumo
Esta conferência tem como objetivo estabelecer contrastes entre as concepções de ciborgues na Summa Technologiae, Stanislaw Lem (1960) e no A Cyborg Manifesto (1985), de Donna Haraway. Argumentamos que o ciborgue de Donna Haraway é uma resposta ao contexto do ativismo político norte-americano, em que predominam as bipolarizações e onde um sujeito de identidades múltiplas adquire um caráter subversivo e um potencial simbólico disruptivo. Já o ciborgue de Stanislaw Lem é construído como uma possibilidade real, resultado de uma extrapolação da lógica subjacente do processo evolutivo. Representaria um momento inflexivo já que, ainda inscritos à lógica subjacente, os homens ver-se-iam obrigados a invertê-la por meio de drásticas modificações somáticas nos corpos humanos. As contradições entre as duas definições abrem um rol de problemas filosóficos, técnicos e morais que pretendemos discutir.
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