De avaliar de forma diferente a orientar como sempre. Burocratização e inércia institucional na implementação de uma política científica orientada para o desenvolvimento tecnológico e social
Palavras-chave:
PDTS, avaliação, orientação da pesquisa, política científicaResumo
O objetivo do artigo é analisar o processo de implementação dos projetos de desenvolvimento tecnológico e social (PDTS), política científica lançada na Argentina em 2012. Através de depoimentos de pessoas envolvidas e de documentos institucionais, é reconstruída a relação estabelecida pelo Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação Produtiva da Nação entre a avaliação e a orientação da pesquisa — e as nuances desta pesquisa para o caso PDTS. Em particular, são mencionadas as dificuldades encontradas na fase de implementação. Após um lançamento inicial com grandes expectativas, foram evidenciadas as limitações do instrumento para mudar as dinâmicas estabelecidas no sistema científico e universitário. Entre elas, a multiplicação não prevista de instâncias de avaliação, a impossibilidade de avançar em um documento interinstitucional baseado em critérios de avaliação e a burocratização do papel do demandante externo de conhecimentos. O trabalho também chama a atenção para a fragilidade dos incentivos oferecidos aos pesquisadores para se comprometerem com essa iniciativa e a importância de levar em consideração as inércias nas culturas acadêmicas institucionais. Também é possível evidenciar um deslocamento do foco da iniciativa: da intenção original de altear as pautas de avaliação para a orientação do financiamento para assuntos de relevância tecnológica e social.Downloads
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