Políticas de ciência em Portugal nos 40 anos de democracia
Palavras-chave:
políticas de ciência, sistema científico, políticas públicas, C&T, PortugalResumo
Com a instituição do regime democrático, depois do 25 de abril de 1974, as mudanças nas políticas públicas de ciência em Portugal foram radicais e profundas. Neste artigo, argumentase que o sistema científico português se desenvolveu em quatro etapas cronológicas, definidas de acordo com as especificidades, princípios, objetivos e fundamentos das políticas públicas de ciência formuladas e concretizadas nos últimos 40 anos. A análise efetuada permite concluir que, apesar das tensões e confrontos de ideias e de alternativas que se verificaram ao longo de todo este período, a generalidade das políticas de ciência, embora não tenham tido o apoio unânime de todas as forças políticas, tiveram como objetivo comum a construção de um sistema científico nacional de acordo com os padrões de referência internacionais.Downloads
Referências
BAUMGARTNER, F. e JONES, B. (1993): Agendas and Instability in American
Politics, Chicago, University of Chicago Press.
CONCEIÇÃO, P. e M. HEITOR (2005): Innovation for All? Learning from the Portuguese path to technical change and the dynamics of Innovation, Londres, Prager.
COSTA, A. F., CONCEIÇÃO, C. P., PEREIRA, I., ABRANTES, P. e GOMES, M. C. (2005): Cultura Científica e Movimento Social, Lisboa, Celta Editora.
DYE, T. (2010): Understanding Public Policy, 13ª ed., Boston, Longman.
EASTON, D. (1965): A systems analysis of political life, New Yorque, Wiley.
FERNANDES, L. (2014): Portugal 2015: Uma segunda oportunidade?, Lisboa, Gradiva.
FIOLHAIS, C. (2011): A Ciência em Portugal, Lisboa, Relógio D`Água.
GAGO, J. M. (1990): Manifesto para a Ciência em Portugal, Lisboa, Gradiva.
GAGO, J. M. (1992): O estado das ciências em Portugal. Comissariado para a Europália 91, Lisboa, Publicações Dom Quixote.
GONÇALVES, M. E. (1996), “Mitos e realidades da política científica portuguesa”, Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 46, pp. 47-67.
GONÇALVES, M. E. (2002): Os portugueses e a Ciência, Lisboa, Publicações Dom Quixote.
HALL, P. (1993): “Policy Paradigmas, Social Learning, and the Stat”, Comparative Politics, n° 25, April.
HEITOR, M. (2015a): “Ciência e Tecnologia após 30 anos de integração europeia e 40 anos de democracia”, em M. L. Rodrigues e P. Silva (org): Governar com a Troika: políticas públicas em tempo de austeridade, Coimbra, Almedina.
HEITOR, M. (2015b): “Ciência e Conhecimento na Modernização de Portugal”, em M. L. Rodrigues e M. Heitor (orgs.): 40 anos de Políticas de Ciência e de Ensino Superior, Coimbra, Almedina.
HEITOR, M. e HORTA, H. (2012): “Science and Technology in Portugal: from late awakening to the challenge of knowledge-integrated communities”, em G. Neave e A. Amaral (eds.): Higher Education in Portugal 1974-2009: a nation, a generation, Dordrecht, Springer.
IMMERGUT, E. M. (2006): “Institutional Constraints on Policy”, em M. Moran et al.: The Oxford Handbook of Public Policy, Oxford University Press, pp. 557-571.
JOBERT, B. e MULLER, P. (1987): L´ État en Action, Paris, PUF.
MARTINS, S. e CONCEIÇÃO, C. P. (2015): “Análise dos impactos: expansão e convergência”, em M. L. Rodrigues e M. Heitor (orgs.): 40 Anos de Políticas de Ciência e de Ensino Superior, Coimbra, Almedina.
MULLER, P. e SUREL, Y. (1998): L´Analyse des Politiques Public, Paris, Montcherestien.
PIERSON, P. e SKOCPOL, T. (2002): “Historical Institutionalism in Contemporary Political Science”, em I. Katznelson e H. V. Milner (eds.): Political Science: State of the Discipline, New Yorque, pp. 693-721.
PINA-CABRAL (2011): “Entrevista a José Mariano Gago por João de Pina-Cabral”, Análise Social, vol. 46, n° 200, pp. 388.
RODRIGUES, M. L. e HEITOR, M. (2015): 40 Anos de Políticas de Ciência e Ensino Superior em Portugal, Coimbra, Almedina.
RUIVO, B. (1995): As Políticas de Ciência e Tecnologia e o Sistema de Investigação, Lisboa, INCM.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.
