O sistema de saneamento convencional e a escassez global de água
Uso irracional dos recursos versus sistemas secos e circulares
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-403Palavras-chave:
sistemas de saneamento, água, cradle to cradle, economia circular, teoria criticaResumo
O atual sistema de saneamento convencional, que combina o vaso sanitário e o esgoto e, eventualmente, estações de tratamento, é um sistema obsoleto, inadequado ao contexto contemporâneo e que apresenta uma utilização irracional e prejudicial dos recursos, nomeadamente a água. O predomínio deste sistema não se explica exclusivamente por fatores técnicos, as motivações que justificam a sua difusão e permanência estão principalmente associadas a razões históricas e culturais. Atualmente há alternativas disponíveis que inclusive concorreram com o sistema convencional, e que apresentam benefícios claros, como evitar a contaminação da água e fazer um uso eficiente dos recursos, reintroduzindo-os nos sistemas de produção como nutrientes ou matérias-primas. A escassa implementação desses sistemas alternativos provavelmente se deve a motivações não técnicas, associadas a hábitos historicamente incorporados, baseados em crenças discutíveis sobre os excrementos humanos e o gerenciamento de dejetos. Dada a atual crise de escassez de água, é urgente estudar formas de implementação de sistemas amigáveis com os recursos, para isso é necessário combinar uma análise técnica sobre as adaptações necessárias para sua difusão com uma análise das barreiras culturais que podem dificultar esta implementação.
Downloads
Referências
Benidickson, J. (2011). The culture of flushing: A social and legal history of sewage. Chicago: The University of Chicago Press.
Bijker, W. (1995). Of bicycles, bakelites, and bulbs: Toward a theory of sociotechnical change. Cambridge: MIT Press.
Callon, M. (1984). Some Elements of a Sociology of Translation: Domestication of the Scallops and the Fishermen of St Brieuc Bay. The Sociological Review, 32(1), 196-233.
Callon, M. (1986). The sociology of an Actor-Network: The case of the electric vehicle. En M. Callon, J. Law & A. Rip (Eds.), Mapping the dynamics of science and technology: Sociology of science in the real world (19-34). Houndmills: Macmillan.
Canaday, C. (2018). Why wet sanitation is washed up, while dry is high and dry. Blog Inodoro Seco, 2 de abril. Recuperado de: http://inodoroseco.blogspot.com/.
Cerda L, J. & Valdivia C, G. (2007). John Snow, la epidemia de cólera y el nacimiento de la epidemiología moderna. Revista Chilena de Infectología, 24(4), 331-334. DOI: 10.4067/S0716-10182007000400014.
Cerdá, E. & Khalilova, A. (2016). Economía circular. Economía industrial, 401(3), 11-20.
Clemente, A., Chica, E. & Peñuela G. (2013). Procesos de tratamiento de aguas residuales para la eliminación de contaminantes orgánicos emergentes. Revista Ambiente & Água, 8(3), 93-103. DOI: 10.4136/ambi-agua.1176.
Dabbah, F. A. (2015). Sistemas de saneamiento seco, baño seco. San Martín: Instituto Nacional de Tecnología Industrial - INTI.
Dagnino, R. (2014). A tecnologia social e seus desafios. En Tecnología Social: aportaciones conceptuales y metodológicas. Campina Grande: EDUEPB.
Dagnino, R., Brandão, F. C. & Novaes, H. T. (2004). Sobre el marco analítico concebido por la tecnología social. En A. Lassance Jr. et al. (Eds.), Social technology: a strategy for development. Río de Janeiro: Fundação Banco do Brasil.
Davison, K. (2001). The sit-down flush toilet revisited [Tesis]. Calgary: University of Calgary. DOI: 10.11575/PRISM/19959.
De Decker, K. (2010). Recycling animal and human dung is the key to sustainable farming. Blog Low-Tech Magazine, 10 de septiembre. Recuperado de: https://www.lowtechmagazine.com/2010/09/recycling-animal-and-human-dung-is-the-key-to-sustainable-farming.html.
Esrey, S. et al. (1998). Saneamiento Ecológico. Estocolmo: Asdi.
Feenberg, A. (1999). Questioning Technology. Albany: Routledge.
Feenberg, A. (2002). Transforming Technology. Nueva York: Oxford Press.
Glick, T. F. (1987). Ciencia, tecnología y medio ambiente urbano: Las crisis del saneamiento en el Londres medieval y victoriano.
Hart-Davis, A. (1997). Thunder, Flush, and Thomas Crapper: An Encycloopedia [sic]. Trafalgar Square Pub.
Jenkins, J. C. (1999). The humanure handbook: a guide to composting human manure. Grove City: Jenkins Pub.
Keogh, L. (2018). Flows of Science: Source Separation Technology at the Swiss Federal Institute of Aquatic Science and Technology. Dübendorf: Eawag.
Latouche, S. (2018). Hecho para tirar: la irracionalidad de la obsolescencia programada. Barcelona: Ediciones Octaedro.
Brown, S. & Latour, B. (1998) De la mediación técnica. Filosofia, sociologia, genealogía. En S. Brown, M. Callon, B. Latour, J. Law, N. Lee, M. Michael, V. Singleton, M. Domènech & F. J Tirado (Eds.), Sociología simétrica: ensayos sobre ciencia, tecnología y sociedad (249-309). Barcelona: Gedisa.
McDonough, W. & Baungart, M. (2002). Cradle to Cradle. Remaking the way we make things. Nueva York: North Point Press.
McDonough, W. & Baungart, M. (2013). The Upcycle: Beyond Sustainability--Designing for Abundance. Nueva York: North Point Press.
Müllegger, E., Langergraber, G. & Lechner, M. (2011). Sustainable Sanitation Practice. EcoSan Club, 10(1). Recuperado de: http://www.ecosan.at/ssp/ssp-journal/.
Organización Mundial de la Salud (2012). Evaluación de métodos para el tratamiento doméstico del agua: metas sanitarias y especificaciones de eficiencia microbiológica. Recuperado de: https://apps.who.int/iris/handle/10665/79186.
Phlush (2012). A Rough History of Sanitation in the West. Blog Phlush, 27 de noviembre. Recuperado de: http://www.phlush.org/2012/11/27/a-rough-history-of-sanitation-in-the-west/.
Pinch, T. & Wiebe B. (1984). The Social Construction of Facts and Artefacts: or How the Sociology of Science and the Sociology of Technology might Benefit Each Other. Social Studies of Science, 14(3), 399-441.
Prieto-Sandoval, V., Jaca-García, C. & Ormazabal-Goenaga, M. (2017). Economía circular: Relación con la evolución del concepto de sostenibilidad y estrategias para su implementación.
Prignano, Á. O. (2014). El inodoro y sus conexiones: La indiscreta historia del lugar de necesidad que, por común, excusado es nombrarlo. Buenos Aires: Biblos.
PNUMA (2019). Perspectiva mundial del medio ambiente GEO 6. Planeta sano, gente sana. Nairobi: Programa de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente
Rodriguez, D., Serrano, H., Delgado A., Nolasco D. & Saltiel, G. (2020). De residuo a recurso: Cambiando paradigmas para intervenciones más inteligentes para la gestión de aguas residuales en América Latina y el Caribe. Washington DC: World Bank. Recuperado de: https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/33436.
Salaverria, M. (1995). Las redes unitarias de saneamiento. Criterios de diseño y control. Revista de Obras Públicas, 33.
Valero, A., Calvo, G. & Valero, A. (2021). Nuevos materiales, nuevas tecnologías y nuevos retos de la transición ecológica. Ambienta, 128, 30-41.
Von Muench, E., Winker, E., Wendland, C., Kjellén, M., Bonzi, M., Olufunke, C., Terrefe, A. & Morgan, P. (2011). Guía Práctica de Uso de la Orina en la Producción Agrícola. EcoSanRes Series, 2011-2. Estocolmo: Stockholm Environment Institute.
Winblad, U. (2004). Ecological Sanitation. Estocolmo: EcoSanRes Programme.
Winner, L. (1993). Upon Opening the Black Box and Finding It Empty: Social Constructivism and the Philosophy of Technology. Science, Technology & Human Values, 18(3), 362-378.
Wright, L. (1980). Clean and Decent: The History of the Bath and Loo and of Sundry Habits, Fashions & Accessories of the Toilet, Principally in Great Britain, France & America. Londres: Routledge & Kegan Paul Books.
WWAP (2019). Informe Mundial de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo de los Recursos Hìdricos 2019: No dejar a nadie atrás. París: UNESCO.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 CC Attribution 4.0
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.
