Sementes geneticamente modificadas
(in)segurança e racionalidade na adoção de transgênicos no Brasil e na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-863Palavras-chave:
organismos geneticamente modificados, pesquisa agrícola, regulamentaçãoResumo
Esse artigo analisa as principais questões relacionadas ao processo de introdução de sementes geneticamente modificadas no Brasil e na Argentina, com especial atenção às variedades de soja transgênica resistentes ao herbicida à base de glifosato – a soja Rondup Ready (RR). Os dois países adotaram estratégias distintas em relação à introdução dessa nova tecnologia em seu território: a Argentina adotou uma política liberalizante, apostando nos transgênicos como forma de ampliação de sua competitividade agrícola; o Brasil adotou uma postura mais cautelosa, mas acabou por liberar o plantio da soja RR em função, entre outras coisas, da já expressiva utilização dessas sementes pelos produtores rurais (que adquiriram as sementes no mercado paralelo). A discussão realizada no artigo aponta para a necessidade de políticas públicas que sejam claras em relação à regulamentação da produção e comercialização de sementes geneticamente modificadas, tomando esses dois casos para ilustrar o debate.
Downloads
Referências
BISANG, R.; VARELA, L. (2006): “Panorama internacional de la biotecnología em el sector agrario”, en R. Bisang, G. E. Gutman, P. Lavarello, S. Sztulwark y A. Díaz (Compiladores): Biotecnología y desarrollo - un modelo para armar en la Argentina, Buenos Aires, Prometeo Libros, pp. 25-62.
BRIEVA, S. S. (2006): Dinámica socio-técnica de la producción agrícola en países periféricos: configuración y reconfiguración tecnológica en la producción de semillas de trigo y soja en Argentina, desde 1970 a la actualidad, Buenos Aires, Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales.
CARRARO, I. (2006): “Finalmente a primeira safra com semente legal de soja RR”, Anuário 2006, Brasília, Associação Brasileira de Sementes e Mudas.
CASTRO, A. C. (1988): Crescimento da Firma e Diversificação Produtiva: O Caso Agroceres, Tese de doutorado, Campinas, Universidade Estadual de Campinas.
CASTRO, B. S. de (2006): O processo de institucionalização da soja transgênica no Brasil nos anos de 2003 e 2005: a partir da perspectiva das redes sociais
(dissertação de mestrado), Seropédica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
CEVERIO, R. (2004): Derechos de Propiedad Intelectual en el mercado argentino de semillas de trigo y soja, Tesis de magíster en Agroeconomía, Balcarce, Universidad Nacional de Mar del Plata.
CHUDNOVSKY, D. (2007): “Argentina: Adopting RR soy, economic liberalization, global markets and socio-economic consequences” en S. Fukuda-Parr (Ed.): The gene revolution - GM crops and unequal development, London, Earthscan, pp.85-103.
DELICH, V.; LÓPEZ, A. (2007): The political economy of “high-tech commodities”. The successful and litigious case of genetically modified soy in Argentina, Buenos Aires, United Nations/UNCTAD Virtual Institute.
EKBOIR, J.; PARELLADA, G. (2002): “Public-private interactions and technology policy in innovation processes for zero tillage in Argentina”, en D. Byerlee and R. Echeverría (Eds.): Agricultural Research Policy in an Era of Privatization, Wallingford, CABI Publishing, pp. 137-154.
EMBRAPA (2001a): Um resumo da posição da Embrapa sobre plantas transgênicas. Brasília, Embrapa.
EMBRAPA (2001b): Contratos da Embrapa com a Monsanto. Brasília, Embrapa.
FAO (2004): El estado mundial de agricultura y la alimentación. La biotecnología agrícola: ¿Una respuesta a las necesidades de los pobres?, Roma, FAO.
FUCK, M. P. (2005): Funções públicas e arranjos institucionais: o papel da Embrapa na organização da pesquisa de soja e milho híbrido no Brasil, Dissertação de mestrado, Campinas, Universidade Estadual de Campinas.
FUCK, M. P.; Bonacelli, M. B. (2008): “A agenda da pesquisa pública frente às possibilidades de desenvolvimento agrícola”. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 16, num. 01, pp. 05-26.
FUCK, M. P.; Bonacelli, M. B.; Carvalho, S. P. de (2007): “Os novos caminhos das Instituições Públicas de Pesquisa Agropecuária: observações a partir dos casos da Embrapa e do INTA”, en: XII Seminario Latino-Iberoamericano de Gestión Tecnológica - ALTEC 2007, Buenos Aires.
FUCK, M. P.; Bonacelli, M. B.; Carvalho, S. P. de (2008): “Propriedade intelectual em melhoramento vegetal: Brasil e Argentina frente às possibilidades de mudanças institucionais”, Informações Econômicas, vol. 38, num. 09, pp. 44-54.
GUTIERREZ, M.; PENNA, J. (2004): Derechos de Obtentor y Estrategias de Marketing en la Generación de Variedades Publicas e Privadas. Buenos Aires, INTA.
HAYAMI, Y.; RUTTAN, V. (1988): Desenvolvimento agrícola: teoria e experiências internacionais. Brasília, Embrapa.
INTA (2006): INTA, medio siglo al servicio del campo argentino. Buenos Aires, INTA.
JAMES, C. (2007): “Global Status of Commercialized Biotech/GM Crops: 2007”, ISAAA Briefs, No. 37, New York, International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications (ISAAA).
OECD/FAO (2008): Agricultural Outlook 2008-2017, Roma, FAO.
PELAEZ, V. (2007): “O Estado de exceção no marco regulatório dos organismos geneticamente modificados no Brasil”, Trabalho apresentado no XLV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, Londrina, SOBER.
PELAEZ, V.; SCHMIDT, W. (2000): “A difusão dos OGM no Brasil: imposição e resistências”, Estudo Sociedade e Agricultura, v.13, n. 14, pp. 05-31.
RAPELA, M. A. (2006): “Características de la propiedad varietal general y de la oferta de semilla de trigo y soja en Argentina” en M.A. Rapela y G. Schötz (eds.): Innovación y propiedad intelectual en mejoramiento vegetal y biotecnología agrícola, Buenos Aires, Heliasta, Universidad Austral, pp. 35-61.
REGÚNAGA, M.; FERNÁNDEZ, S.; OPACAK, G. (2003): El impacto de los cultivos genéticamente modificados en la agricultura argentina. Buenos Aires, Fundación Producir Conservando.
ROSSINI, P. (2004): Transgénicos e investigación agrícola. Un estudio de caso sobre la emergencia de nuevos objetos de investigación en una institución pública de
investigación agropecuaria de la Argentina, Tesis de maestría, Bernal, Universidad Nacional de Quilmes.
SALLES-FILHO, S. M. (1995): “Integração de mercados e privatização da pesquisa: impactos sobre a estrutura e a dinâmica organizacional dos INIAS” en J.P. Schneider, J.C. Costa Gomes e L. Nunes e Nunes (Orgs.): Integração de mercados e desafios para a pesquisa agropecuária, Pelotas, Embrapa/Procisur.
SALLES-FILHO, S. M.; BELFORTI, F.; LINZER, G.; ARTUNDUAGA, I. R.; VASQUEZ, J. A.; FUCK, M. P.; CARVALHO, S. P. de (2007): Innovación y propiedad intelectual en el sector agrícola de America Latina - una visión introductoria sobre Argentina, Brasil y Colombia, Campinas, Informe elaborado para la Organización Mundial de la Propiedad Intelectual.
SANTINI, G. A. (2002): A reestruturação da indústria de sementes no Brasil: o novo ambiente concorrencial dos segmentos de milho híbrido e soja, Dissertação de mestrado), São Carlos, Universidade Federal de São Carlos.
SILVEIRA, J. M.; BORGES, I. de C. (2007): “Brazil: Confronting the challenges of global competition and protecting biodiversity” en S. Fukuda-Parr (Ed.): The gene revolution - GM crops and unequal development, London, Earthscan, pp.104-129.
TRIGO, E.; CAP, E. (2006): Diez Años de Cultivos Genéticamente Modificados en la Agricultura Argentina, Buenos Aires, ArgenBio.
TRIGO, E.; CHUDNOVSKY, D.; CAP, E.; LÓPEZ, A. (2002): Los transgénicos en la agricultura argentina - una historia con final abierto. Buenos Aires, Libros del Zorzal.
USDA (2008): World Agricultural Supply and Demand Estimates, Washington, USDA.
VARA, A. M. (2004): “Transgénicos en Argentina: más allá del boom de la soja”, CTS - Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y Sociedad, vol. 1, nº 3, pp. 101-129.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 CC Attribution 4.0

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.