Ciência, Tecnologia e Sustentabilidade

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Resumo

Desde o momento em que foi cunhado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, por volta de 1987, o conceito de desenvolvimento sustentável tem sido tão divulgado quanto debatido. Muito provavelmente, devido à força das críticas que lhe foram dirigidas — e para evitar o que muitos consideram um oxímoro evidente —, nos últimos tempos tem-se preferido falar simplesmente em sustentabilidade. A sustentabilidade, sozinha, é presumida como emancipada da carga economicista imposta pela companhia do desenvolvimento, e seu alcance se estende muito além das fronteiras da economia. Essa mudança de termos, no entanto, não conseguiu alterar substancialmente a virtude daquela definição particular do Relatório Brundtland, que, vale lembrar, enfatizava as necessidades (especialmente as dos pobres) e as limitações (tanto das nossas ciências e tecnologias quanto do nosso entorno). Sua virtude consiste, sobretudo, em dar esperança a todos que aspiram a viver em um mundo mais saudável, gentil e belo — especialmente àqueles que estão mais distantes dele. Se, como afirma o conhecido lema contemporâneo, “outro mundo é possível”, esse outro mundo (melhor) terá que ser sustentável. O que é sustentável se define, em qualquer caso, frente ao que é insustentável. O conceito de sustentabilidade surge de uma série de tensões — tensões que podem ou não ser suportadas, dependendo se agimos de forma sustentável ou insustentável. 

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Publicado

2008-07-01

Como Citar

González García, M. I., & Menéndez Viso, A. (2008). Ciência, Tecnologia e Sustentabilidade: Apresentação. Revista Iberoamericana De Ciencia, Tecnología Y Sociedad - CTS, 4(11), 47–51. Recuperado de https://ojs.revistacts.net/index.php/CTS/article/view/901

Edição

Seção

Dossiê