A História da brain drain
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-965Palavras-chave:
fuga de cérebros, migrações, históriaResumo
O fenômeno da “fuga de cérebros” tem uma longa história. Em 1963, a Royal Society definiu “fuga de cérebros” como o êxodo de cientistas britânicos para os Estados Unidos, o que comprometia seriamente a economia britânica. No entanto, esse termo acabou se tornando de uso comum para descrever as emigrações de acadêmicos e profissionais dos países do Terceiro Mundo. Devido a essas migrações, os investimentos realizados por esses países na formação de seus recursos humanos foram utilizados pelos países desenvolvidos: os resultados proporcionaram uma ajuda tecnológica injusta dos países mais pobres para os mais ricos. Esse conceito de “transferência inversa de tecnologia” foi desenvolvido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) em 1972.
Após o fim da União Soviética e do Pacto de Varsóvia na última década do século passado, iniciou-se uma grande fuga de cérebros dos países do Leste Europeu. Ao mesmo tempo, hoje existe um risco sério de desperdício de cérebros, pois nem todos os que migram conseguem encontrar um emprego compatível com suas capacidades. Vários acadêmicos sugeriram que hoje é mais apropriado definir as migrações altamente qualificadas como “mobilidade de cérebros” e não como “fuga de cérebros”, já que atualmente a economia mundial é amplamente dominada pela livre circulação de capitais, mercadorias e trabalho. No entanto, muitos ainda estão convencidos de que o conceito de “fuga de cérebros” continua válido, principalmente no caso das migrações de trabalhadores altamente qualificados dos países do Terceiro Mundo para o Norte global.
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