Inteligência artificial e vieses
O caso da previsão de gravidez na adolescência em Salta
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-359Palavras-chave:
inteligência artificial, neutralidade de valores, políticas públicas, aprendizado de máquina, algoritmo, viesesResumo
Diante da retórica instalada em busca de uma inteligência artificial (IA) eficiente e livre de preconceitos, nossa proposta neste artigo é argumentar por qual motivo é inadequada essa visão tão popular da IA. Além disso, examinaremos alguns de seus desvios na elaboração de políticas públicas. Em um primeiro momento, argumentaremos que é impossível -por princípio– propor uma IA valorativamente neutra, com base no que foi indicado por algumas contribuições filosóficas tanto canônicas como contemporâneas. Na segunda parte, analisaremos um caso que ilustra de modo diáfano a carga de valor que gravita na IA. Isso nos levará a investigar, na terceira parte, os diferentes níveis nos quais os diversos vieses podem influenciar a IA. Nosso objetivo central é explicitar o seguinte paradoxo: a aplicação da IA nas políticas públicas e na tomada de decisões na esfera privada, longe de ser uma ferramenta de combate às desigualdades estruturais, acaba consolidando cenários prejudiciais para as populações vulneráveis.
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