Tecnologias sociais no contexto subnacional brasileiro
Diversidade discursiva e aprendizados da política no Estado do Pará, Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-387Palavras-chave:
tecnología social, discursos, política pública, aprendizado orientado à política, intersetorialidadeResumo
O artigo discute a diversidade discursiva na implementação de tecnologia social e propõe aprendizados orientados à política de tecnologias sociais no Estado do Pará, Brasil. A temática de tecnologia social é entendida como uma arena polissêmica, por isso uma revisão de literatura foi direcionada para a elaboração de um quadro analítico de orientações discursivas, as quais podem moldar a atuação de atores sociais nas políticas correspondentes. Este cenário de diversidade discursiva nos auxilia a compreender a pluralidade de experiências de tecnologia social em estudo. O percurso metodológico compreendeu o levantamento de dados e análise textual das experiências de tecnologia social implementadas no Pará, registradas no Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil (FBB). No período de 2003 a 2019, 77 experiências de tecnologia social foram certificadas em 68 municípios do estado do Pará. As experiências de tecnologia social foram caracterizadas quanto à distribuição territorial, às organizações proponentes, às temáticas e ao escopo discursivo de suas descrições. Ao cotejarmos a abrangência das experiências de tecnologia social implementadas no Pará com a sua política estadual de tecnologias sociais, discutimos quatro eixos de aprendizados possíveis: 1) articulação intersetorial; 2) participação social; 3) disseminação; e 4) processo formativo.
Downloads
Referências
Barki, E., Comini, G., Cunliffe, A., Hart, S. L. & Rai, S. (2015). Social entrepreneurship and social business: retrospective and prospective research. Revista de Administração de Empresas, 55(4), 380-384.
Camargo, B. V. & Justo, A. M. (2013). Iramuteq: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em psicologia, 21(2), 513-518.
Comini, G. M. (2016). Negócios sociais e inovação social: um retrato de experiências brasileiras [Tese (Livre docência)]. São Paulo: Universidade de São Paulo.
Consectet (2017). Resolução n° 03. Diário Oficial do Estado do Pará, nº 33448.
Costa, A. B. & Dias, R. de B. (2013). Estado e sociedade civil na implantação de políticas de cisternas. Em A. B. Costa (Org.), Tecnologia Social e Políticas Públicas. São Paulo: Instituto Pólis.
Dagnino, R. P. (2009). Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: IG/UNICAMP.
Dagnino, R. (2016). A Anomalia da Política de C&T e sua Atipicidade Periférica. Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y Sociedad -CTS, 11(33), 33-63. Disponível em: http://www.revistacts.net/contenido/numero-33/a-anomalia-da-politica-de-ct-e-sua-atipicidade-periferica/.
Dagnino, R., Brandão, R. F. & Novaes, H. T. (2004). Sobre o marco analítico-conceitual da tecnologia social. Em Fundação Banco do Brasil. Tecnologia social: uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil.
De Avelino, D. P. & Goulin, L. V. (2018). Base de dados sobre conferências nacionais e um ensaio de análise lexical por contexto. Texto para Discussão n° 2374. Brasília/Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.
Dias, R. de B. (2012). Sessenta anos de política científica e tecnológica no Brasil. Campinas: Editora Unicamp.
Fonseca, R. R. (2009). Política científica e tecnológica para o desenvolvimento social: uma análise do caso brasileiro [Tese doutorado]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
Gill, R. (2002). Análise de Discurso. Em M. W. Bauer & G. Gaskell (Eds.), Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Editora Vozes.
Lassance Jr., A. E. A. & Pedreira, J. S. (2004). Tecnologias sociais e políticas públicas. Em A. E. A. Lassange Jr. et al. (Orgs.), Tecnologia social: uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil.
Petrini, M., Scherer, P. & Back, L. (2016). Modelo de negócios com impacto social. RAE-Revista de Administração de Empresas, 56(2), 209-225.
Ratinaud, P. & Marchand, P. (2015). Des mondes lexicaux aux représentations sociales. Une première approche des thématiques dans les débats à l’Assemblée nationale (1998-2014). Mots. Les langages du politique, (108), 57-77.
Reinert, M. (1990). Alceste une méthodologie d'analyse des données textuelles et une application: Aurelia De Gerard De Nerval. Bulletin of Sociological Methodology/Bulletin de méthodologie sociologique, 26(1), 24-54.
Rodrigues, D. C. (2019). Enfrentamento das Desigualdades na Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação no Pará: abrangência e conformações em tecnologia assistiva e tecnologia social [Tese doutorado]. Belém: Universidade da Amazônia.
Rosolen, T., Tiscoski, G. P. & Comini, G. M. (2014). Empreendedorismo social e negócios sociais: Um estudo bibliométrico da produção nacional e internacional. Revista Interdisciplinar de gestão social, 3(1).
RTS (2005). Documento Constitutivo da Rede de Tecnologia Social.
SECTI (2013). Fórum Paraense de Tecnologias Sociais: documento de referência. Belém: SECTI.
Serafim, M. P. (2008). A política científica e tecnológica e a política de inclusão social: buscando convergência [Dissertação mestrado]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
Sousa, Y. S. O., Gondim, S. M. G., Carias, I. A., Batista, J. S. & De Machado, K. C. M. (2020). O uso do software Iramuteq na análise de dados de entrevistas. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15(2), 1-19.
Taylor, S. (1997). Critical Policy Analysis: exploring contexts, texts and consequences. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 18(1), 23–35.
Theis, I. M., Strelow, D. R. & Lasta, T. T. (2017). CT&I e desenvolvimento desigual no Brasil: é possível outro “modelo de desenvolvimento”? Revista Tecnologia e Sociedade, 13(27), 43-61.
Thomas, H., Juárez, P. & Picabea, F. (2015). ¿Qué son las tecnologías para la inclusión social? Colección Tecnología y Desarrollo. Bernal: Editorial UNQ.
Vasen F. (2016). Is there a "post-competitive turn" in science and technology policy?. Sociologias, 18(41), 242-268.
Yunus, M., Moingeon, B. & Lehmann-Ortega, L. (2010). Building social business models: Lessons from the Grameen experience. Long range planning, 43(2-3), 308-325.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 CC Attribution 4.0
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.