Comportamento dos estabelecimentos de pequeno porte na indústria de transformação no Brasil no período 2000 a 2010
uma avaliação em dois setores contrastantes
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-632Palavras-chave:
pequena empresa, emprego na pequena empresa, estrutura industrial, crescimento econômicoResumo
O trabalho analisa a evolução da participação das pequenas empresas no número de estabelecimentos e no emprego, em dois setores da indústria brasileira: alimentos e cosméticos. A partir das principais bases de dados disponíveis no Brasil, o estudo abrange o período 2000 a 2010, marcado por dois momentos distintos: 2000-2003 (baixo crescimento) e 2004-2010 (recuperação). A comparação entre os dois setores visa avaliar se as características estruturais distintas de alguma forma aparecem nas taxas de crescimento do número estabelecimentos e do número de empregados. Os dados evidenciam que a estrutura industrial do setor de cosméticos é caracteristicamente de pequenas empresas, que mantêm participação relativamente estável no total de estabelecimentos e do emprego (aproximadamente 94% e 41%, respectivamente). A importância das pequenas empresas ganha realce considerando-se que, na década com um todo, sua contribuição para a geração líquida de empregos foi superior à das grandes empresas. Situação diversa se verifica no setor de alimentos. Os dados sinalizam uma estrutura industrial atomizada, com empresas dispersas geograficamente, porém com forte presença de grandes empresas, que conduzem o dinamismo do setor. Relativamente à média da Indústria e ao setor de cosméticos, os pequenos estabelecimentos, embora relevantes, têm baixa participação na geração de emprego.
Downloads
Referências
AUDRETSCH, D. B. (2002): “The Dynamic Role of Small Firms: Evidence from the U.S.”, Small Business Economics, vol. 18, nº 1, pp. 13-40.
BACIC, M. J.; SOUZA, M. C. e GORAYEB, D. S. (2001): “Emprego e estabelecimentos segundo porte e setores de atividade econômica no Brasil”, Anales de la 6 Reunión Anual de la Red PYMES Mercosur, vol. 1, pp. 75-98.
DELATRE, M. (1982): “Les PME face aux Grandes Entreprises”, Economie et Statistique, nº 148, outubro, pp. 3-19.
MARSHALL, A. (1982): Princípios de Economia, São Paulo, Abril Cultural.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (2000, 2003, 2009, 2010): Relação Anual de Informações Sociais – RAIS.
SOUZA, M. C. e MAZZALI, L. (2008): “Conceito e espaço da pequena empresa na estrutura industrial: heterogeneidade e formas de inserção”, Gestão e Produção (UFSCar), vol. 15, pp. 591-603.
STEINDL, J. (1945): Small and Big Business: Economic Problem of the size of firms, Oxford, Basil Blackwell.
STEINDL, J. (1983): Maturidade e Estagnação no Capitalismo Americano, São Paulo, Abril Cultural. .
STEINDL, J. (1990): “Post-scriptum”, em J. Steindl: Pequeno e Grande Capital, São Paulo, Hucitec/Unicamp.
YU, T. F. (2001): “Toward a capabilities perspective of the small firm”, International Journal of Management Review, vol. 3, nº 3, pp. 185-197.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 CC Attribution 4.0
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.