Função Técnica e Normatividade
Sobre Algumas Dificuldades Conceituais do Modelo Searleano
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-831Palavras-chave:
artefato, função técnica, Searle, normatividadeResumo
O presente trabalho explora criticamente o tratamento que John Searle realiza em The Construction of Social Reality sobre a atribuição funcional, com o objetivo de determinar algumas de suas limitações na sua aplicação ao campo dos artefatos técnicos e sua funcionalidade. Com esse propósito, este artigo está dividido em duas partes. Na primeira parte, busca-se uma reconstrução do vocabulário searleano e de sua ênfase na normatividade. Na segunda parte, discutem-se alguns elementos conflitantes de sua abordagem e sugere-se uma possível alternativa para se aproximar da atribuição funcional em objetos técnicos.
Downloads
Referências
BAKER, L. (2004): “The ontology of artefacts”, Philosophical Explorations, n. 7, pp. 99-111.
DENNETT, D. (1990): “The Interpretation of Texts, People and Other Artifacts”, Philosophy and Phenomenological Research, n. 50, pp. 177-194.
DIPERT, R. (1993): Artifacts, Arts Works, and Agency, Filadelfia, Temple University Press.
DIPERT, R. (1995): “Some issues in the Theory of Artifacts: Defining ‘Artifact’ and Related Notions”, The Monist, n. 78, pp. 119-35.
FRANSSEN, M. (2006): “The normativity of artefacts”, Studies in History and Philosophy of Science, n. 37, pp. 42-57.
HEIDEGGER, M. (1983): Die Grundbegriffe der Metaphysik, Frankfurt Am Main, Klostermann.
HOUKES, W. y VERMAAS, P. (2004): “Actions versus functions: a plea for an alternative metaphysics of artefacts”, The Monist, (87), pp. 52-71.
HOUKES, W. (2006): “Knowledge of artefact functions”, Studies in History and Philosophy of Science, n. 37, pp. 102-113.
HOUKES, W., VERMAAS, P., DORST, K. y DE VRIES, M. (2002): “Design and use as plans: an action-theoretical account”, Design studies, n. 23, pp. 303-320.
HUGHES, J. (2008): “An artifact is to use: an introduction to instrumental functions”, Synthese, n. 78, pp. 120-137.
HUND, J. (1998): “Searle’s Construction of Social Reality”, Philosophy of Social Sciences, n. 28, pp. 122-131.
KROES, P. (2001): “Technical Functions as dispositions: A Critical Assessment”, Techné, vol. 3, n. 5, pp. 1-16.
KROES, P. (2003): “Screwdriver philosophy: Searle’s analysis of technical functions”, Techné, vol. 3, n. 6, pp. 22-35.
LAWLER, D. (2008): “Una aproximación exploratoria a nuestro lenguaje normativo sobre los artefactos técnicos”, Revista CTS, vol. 4, n. 10, pp. 19-31.
LEROI-GOURHAN, A. (1989): El medio y la técnica. Evolución y técnica II, Madrid, Taurus.
LUKES, S. (2006): “Searle and his critics”, Anthropological theory, vol. 6, n. 1, pp. 5-11.
PARENTE, D. (2008): “Artefactos y textos. Algunas aporías en la hermenéutica artefactual de Dennett”, Scientiae Studia, vol. 3, n. 6, pp. 345-358.
PRESTON, B. (1998): “Why is a wing like a spoon? A Pluralist Theory of Function”, The Journal of Philosophy, XCV, n. 5, pp. 215-254.
SCHEELE, M. (2007): “Social Norms in Artefact Use: proper functions and action theory”, Techné, n. 10, pp. 60-70.
SEARLE, J. (1996a): “Précis of The Construction of Social Reality”, Philosophy and Phenomenological Research, (LVII), n. 2, pp. 427-428.
SEARLE, J. (1996b): “Responses to critics of The Construction of Social Reality”, Philosophy and Phenomenological Research, (LVII), n. 2, pp. 449-458.
SEARLE, J. (1997): La construcción de la realidad social, Barcelona, Paidós.
SEARLE, J. (2007): “Social ontology”, en E. Margolis y S. Laurence (eds.): Creations of the mind. Theories of artifacts and their representation, Nueva York, Oxford University Press.
VEGA, J. (2007): “La sustancialidad de los artefactos”, en D. Parente (ed.): Encrucijadas de la técnica. Ensayos sobre tecnología, sociedad y valores, La Plata, EDULP.
WETTERSTEN, J. (1998): “Symposium on Searle: The Analytical Study of Social Ontology”, Philosophy of Social Sciences, n. 28, pp. 132-151.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 CC Attribution 4.0

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.