Conhecimento Científico, Cidadania e Democracia
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-916Palavras-chave:
participação cidadã, democracia, apropriação social do conhecimentoResumo
Há algumas décadas, o otimismo em relação aos benefícios da ciência e da tecnologia tem sido gradualmente substituído pela desconfiança e pela preocupação com seus possíveis riscos. Paralelamente, tem ganhado força a demanda por relações mais fluidas e compreensivas entre os cientistas, os cidadãos e as instâncias responsáveis pela tomada de decisões nessa área. Este artigo aborda a questão retomando o debate filosófico da primeira metade do século XX entre Dewey e Lippmann sobre a democracia nos Estados Unidos e o papel que deveriam desempenhar os cidadãos comuns, os líderes, os especialistas e os meios de comunicação. Retomar essas questões pode servir para sustentar a necessidade de ativar o modelo participativo — não apenas por conveniência política, mas também por razões epistêmicas e éticas. Se forem facilitados novos canais de comunicação entre todos os membros da sociedade e se suas considerações forem levadas em conta, haverá maior iniciativa cidadã para colaborar nesses processos; poderá então falar-se de uma verdadeira apropriação social do conhecimento científico.
Downloads
Referências
BIJKER, W. E. (s/f): "Democratization of Technology: Who Are the Experts?", disponi-ble en http://www.angelfire.com/la/esst/bijker.html
CARSON, L. y B. MARTIN (2002): "Citizen participation. Random selection of citizens for technological decision making", Science and Public Policy, vol. 29, nº 2.
DAHL, R. (2000): La democracia y sus críticos, Barcelona, Paidós (1989).
DEWEY, J. (1925-1953, 1981-1992): Freedom and Culture. The Later Works, 1925-1953. Ed. Jo Ann Boydsfon (17 vols.), Carbondale, Southern Illinois University Press.
DEWEY, J. (1927): The Public and Its Problems, New York, Holton. (Edición en caste-llano: El público y sus problemas, Buenos Aires, Ágora, 1958).
DEWEY, J. (1939): Logic: The Theory of Inquiry, New York, Henry Holt.
DURANT, J. (1999): "Participatory technology assessment and the democratic model of the public understanding of science", Science and Public Policy, vol. 26, nº 5, pp. 313-319.
EDWARDS, A. (1999): "Scientific expertise and policy-making: the intermediary role of the public sphere", Science and Public Policy, vol. 26, nº 3, pp. 163-170.
FESTENSTEIN, M. (1997): Pragmatism and political theory: from Dewey to Rorty, Chicago, The University of Chicago Press.
FISCHER, F. (1999): "Technological deliberation in a democratic society: the case for participatory inquiry", Science and Public Policy, vol. 26, nº 5, pp. 294-302.
FOURNIAU, J.-M. (2001): "Information, access to decision-making and public debate in France: the growing demand for deliberative democracy", Science and Public Policy, vol. 28, nº 6, pp. 441-451.
HENNEN, L. (1999): "Participatory technology assessment: a response to technical modernity?", Science and Public Policy, vol. 26, nº 5, pp. 303-312.
KUHN, T. S. (1962 [1970 2nd ed.]): The Structure of Scientific Revolutions, Chicago, University of Chicago Press. (Edición en castellano: La estructura de las revoluciones científicas, México, FCE, 1975).
LIPPMANN, W (1925): The phantom public, New York, Harcourt.
LIPPMANN, W. (1945): Public Opinion, New York, Macmillan. Disponible en http://www.gutenberg.org/dirs/etext04/pbpnn10.txt
PUTNAM, H. (1981): Truth, Reason, and History, Cambridge, Cambridge University Press.
RALSTON, S. J. (2004): "Deliberative Democracy as a Matter of Public Spirit: Reconstructing the Dewey-Lippmann Debate", paper presented at the 31st Annual Conference of the Society for the Advancement of American Philosophy.
SÁNCHEZ RON, J. M (2007): El poder de la ciencia, Barcelona, Crítica.
SCLOVE, R. E. (2000): "Town Meetings on Technology. Consensus Conference as Democratic Participation", en D. Lee Kleinman (ed.): Science, Technology & Democracy, New York, State University of New York Press, pp. 33-48.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 CC Attribution 4.0

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.