Transformação Estrutural
Uma Abordagem Quantitativa da Indústria Argentina 1993-2007
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-829Palavras-chave:
transformação estrutural, indústria argentina, conhecimentoResumo
Desde o início dos anos oitenta, diferentes abordagens heterodoxas apontam que uma mudança estrutural virtuosa está associada à realocação produtiva para atividades que fazem uso intensivo do conhecimento. Nesse contexto, Ocampo (2005) sugere que a dinâmica das estruturas produtivas resulta não apenas da inovação e dos processos de aprendizagem, mas também da existência de complementaridades, encadeamentos e redes entre empresas, atividades produtivas e instituições. Com base nessa concepção, o autor apresenta uma tipologia de processos de transformação estrutural, definindo como "virtuosos" aqueles baseados em setores produtivos intensivos em aprendizagem e em complementaridades. Partindo dessa definição teórica, Porta (2006) caracteriza a estrutura produtiva recente da Argentina com base em um esquema que combina "aprendizagem" e "complementaridades", de acordo com as características predominantes da transformação sofrida desde o início dos anos noventa. O objetivo deste trabalho é classificar os diferentes ramos industriais argentinos com base nos eixos de transformação estrutural definidos por Ocampo (2005) e operacionalizados qualitativamente por Porta (2006), utilizando indicadores quantitativos. Com isso, busca-se obter diretrizes que orientem intervenções políticas necessárias em cada caso, a fim de direcionar as diferentes atividades industriais para uma trajetória produtiva mais virtuosa.
Downloads
Referências
AMSDEN, A. (2001): The Rise of the Rest: Non-Western Economies’ Ascent, World Markets, Oxford, Oxford University Press.
BIANCO, C. (2006): “Metodologías de estimación del contenido tecnológico de las mercancías: su pertinencia para la medición de la internacionalización de la tecnología”, Documento de Trabajo n° 28, Centro REDES, Buenos Aires, noviembre.
CHANG, H. J. (1994): The Political Economy of Industrial Policy, London, Macmillan and St. Martin’s Press, Segunda Edición, London, Macmillan Press.
CIMOLI, M., PORCILE, G., PRIMI, A. y VERGARA, S. (2005): “Cambio estructural, heterogeneidad productiva y tecnología en América Latina”, en M. Cimoli (ed.): Heterogeneidad estructural, asimetrías tecnológicas y crecimiento en América Latina, Santiago de Chile, noviembre.
DE NEGRI, J., SALENO, M. y BARROS DE CASTRO, A. (2005): “Innovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras”, en J. De Negri y M. Saleno (eds.): Innovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras, Brasil, IPEA.
FAGERBERG, J. y VERSPAGEN, B. (2002): “Technology-Gaps, Innovation-Diffusion and Transformation: An Evolutionary Interpretation”, Research Policy, vol. 31.
GEREFFI, G., HUMPHREY, J. y STURGEON, T. (2005): “The Governance of Global Value Chains”, Review of International Political Economy, vol. 12, nº 1.
GUERRIERI, P. (1993): “International Competitiveness, Trade Integration and Technological Interdependence in Major Latin American Countries”, mimeo, University of Naples, Federico II.
GUERRIERI, P. (1994): International Competitiveness, Trade Integration and Technological Interdependence, Bradford.
GUERRIERI, P. (2002): “Trade Openness, Industrial Change and Economic Development”, en J. Fanelli y R. Medhora (eds.): Finance and Competitiveness in Developing Countries, Routledge, London.
HATZICHRONOGLOU, T. (1997): “Revision of the High-Technology Sector and Product Classification”, OCDE STI Working Papers, 1997/2, París.
HAUSSMAN, R. y RODRIK, D. (2003): “Economic development as self-discovery”, Journal of Development Economics, vol. 72, pp. 603-633.
HIRSCHMAN, A. (1958): The Strategy of Economic Development, Yale University Press.
HUMPHREY, J. y SCHMITZ, H. (2001): “Governance in Global Value Chains”, IDS Bulletin, vol. 32, nº 3.
INDEC (2003): Segunda Encuesta Nacional de Innovación y Conducta Tecnológica de las Empresas Argentina 1998-2001, Primera Edición, Buenos Aires, INDEC/SeCyT/CEPAL.
INDEC (2008): Encuesta Nacional sobre Innovación y Conducta Tecnológica. ENIT 2005, Primera Edición, Buenos Aires, Instituto Nacional de Estadística y Censos.
KALDOR, N. (1967): Problems of industrialization in underdeveloped countries, Cornell University Press, Nueva York.
KATZ, J. (2006): “Cambio estructural y capacidad tecnológica local”, Revista de la CEPAL, nº 89.
KOOPMAN, G. y MÜNNICH, F. (1999): “National and International Developments in Technology - Trends, Patterns and Implications for Policy”, HWWADiskussionspapier nº 76, Hamburgo.
KOSACOF, B. (1998): “Estrategias empresariales en tiempos de cambio” en B. Kosacof (ed.): Estrategias empresariales en tiempos de cambio, Buenos Aires, CEPAL-UNQ.
LALL, S. (1998): “Technological Capabilities in Emerging Asia”, Oxford Development Studies, vol. 26, nº 2.
LALL, S. (2003): “Technology and industrial development in an era of globalization”, en CHANG, H. J. (ed.): Rethinking Development Economics, London, Anthem Press, capítulo 13.
LALL, S. (2001): “The Technological Structure and Performance of Developing Country Manufactured Exports, 1985-98”, en S. Lall: Competitiveness, Technology and Skills, Edward Elgar Publishers.
LEWIS, W. (1954): “Economic development with unlimited supplies of labour”, Manchester School of Economic and Social Studies, nº 22.
LOSCHKY, A. (2008): “Reviewing the Nomenclature for High-Technology Trade. The Sectoral Approach”, OCDE, Statistics Directorate, STD/SES/WPTGS(2008)9, París.
LUNDVALL, B. (1992): National System of Innovation: Towards a Theory of Innovation and Interactive Learning, Londres, Pinter.
OCAMPO, J. A. (2005): “La búsqueda de la eficiencia dinámica: dinámica estructural y crecimiento económico en los países en desarrollo”, en J. A. Ocampo (ed.): Más allá de las reformas: Dinámica estructural y vulnerabilidad macroeconómica, Bogotá, Alfaomega.
OCDE (1980): “Internacional Trade in High Research and Development-Intensive Products”, SITC/80.48.
OCDE (1984): “Specialisation and Competitiveness in High, Medium and Low R&DIntensity Manufacturing Industries: General Trends”, internal OECD memorandum.
OCDE (1986): Science and Technology Indicators, n° 2, París.
OCDE (2005): OECD Handbook on Economic Globalisation Indicators, París.
PAVITT, K. (1984): “Sectoral Patterns of Technical Change: Towards a Taxonomy and a Theory”, Research Policy.
PÉREZ, C. (2001): “Technological change and opportunities for development as a moving target”, CEPAL Review, nº 75.
PINTO, A. (1970): “Naturaleza e implicaciones de la ‘heterogeneidad estructural’ de la América Latina”, El Trimestre Económico, vol. 37, nº 1, México D.F., Fondo de Cultura Económica. Publicado en Cincuenta años del pensamiento en la CEPAL, vol. 2, Santiago de Chile, CEPAL/Fondo de Cultura Económica, 1998.
PORTA, F. (2006): “Especialización productiva e inserción internacional. Evidencias y reflexiones sobre el caso argentino”, en G. Lugones y F. Porta (comps.): Enfoques y metodologías alternativas para la medición de las capacidades innovativas, Proyecto PICT 02-09536 (FONCYT-ANPCYT), Buenos Aires, Primera Edición.
PREBISCH, R. (1981): Capitalismo periférico. Crisis y transformación, FCE, Primera reimpresión, México D. F.
REINERT, E. (1996): “El rol de la tecnología en la creación de países ricos y pobres: el subdesarrollo en un sistema schumpeteriano”, en D. Aldcroft y C. Ross (eds.): Rich Nations - Poor Nations. The Long Run Perspective, Aldershot, Edward Elgar.
RICYT (2001): Normalización de indicadores de innovación tecnológica en América Latina y el Caribe. Manual de Bogotá, Buenos Aires, RICYT/OEA/CYTED/Colciencias/OCYT.
ROBSON, M., TOWNSEND, J. y PAVITT, K. (1988): “Sectoral Patterns of Production and Use of Innovations in the UK: 1945-83”, Research Policy, vol. 17, nº 1, pp. 1-14.
SCHMITZ, H. (1999): “Global Competition and Local Cooperation: Succes and Failure in the Sinos Valley, Brazil”, World Development, vol. 27, n° 9.
SCHUMPETER, J. (1961): The Theory of Economic Development, Oxford, Oxford University Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 CC Attribution 4.0

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.