Um ano depois da morte de Ulrich Beck
Da sociedade do risco para a metamorfose do mundo
DOI:
https://doi.org/10.52712/issn.1850-0013-472Palavras-chave:
Ulrich Beck, sociedade do risco, individualização, cosmopolitização, metamorfose do mundoResumo
A súbita morte do sociólogo alemão Ulrich Beck, no dia 1 de janeiro de 2015, representa uma perda significativa para as ciências sociais, não só pela abrangência e impacto de uma obra desenvolvida ao longo de quatro décadas, mas também porque ele era muito ativo em duas linhas de ação: o seu trabalho teórico em sociologia e o seu papel como intelectual comprometido com as discussões públicas. Muitos teóricos participaram de intercâmbios produtivos com Beck, e um importante número de pesquisas empíricas se apoiaram em seus quadros teóricos. Embora ele não tenha especificamente trabalhado no campo dos estudos sociais da ciência e da tecnologia, suas visões complexas sobre a sociedade sempre incluíram a ciência e a tecnologia, e também o ambiente, como componentes inseparáveis da vida social na modernidade tardia. Sua maior contribuição para o campo CTS talvez seja a relação de vários dos seus tópicos centrais com o mainstream da teoria social. Neste obituário, propomos analisar brevemente algumas noções fundamentais por ele desenvolvidas, bem como suas contribuições sobre produção de conhecimento e não-conhecimento, sobre temas de gênero e família, e sobre o impacto da mudança climática na “metamorfose do mundo” —sua última contribuição para o pensamento sociológico.
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