Abordagens CTS no ensino de física
Um panorama das publicações no Brasil
Palavras-chave:
ensino de física, CTS, análise de redes sociais, pesquisa bibliograficaResumo
Este artigo tem como objetivo mapear artigos que relacionam ensino de física e as abordagens CTS (ciência-tecnologia-sociedade) usando a análise de redes sociais (ARS). Os dados foram extraídos de 49 artigos publicados em 15 periódicos brasileiros de ensino e educação entre 2001 e 2022. As redes foram formadas por coautoria, colaboração entre instituições e palavras-chave. As instituições de maior destaque foram universidades públicas, no eixo Sudeste-Sul do país. As palavras-chave relevantes, incluindo ensino de física, CTS, formação de professores, tecnologia, entre outras, refletem as áreas de interesse dos pesquisadores brasileiros, além das temáticas física moderna e contemporânea (FMC), energia e radioatividade. Quanto às citações, não há uma grande diferenciação entre os trabalhos gerais do ensino de CTS no Brasil e seu subcampo de ensino de física. Percebe-se uma preocupação com temas gerais ou globais, com potencial para estudos de caso locais que possam popularizar práticas educativas alinhadas com a sociedade atual.
Downloads
Referências
Amorim, C. O. & Melo, T. B. (2023). CTS e freire: Uma análise de redes a partir das citações. Em Anais do XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Brasil: Realize Editora.
Araújo-Queiroz, M. B., Silva, R. D. L. & Prudêncio, C. A. V. (2018). Estudos CTS na educação científica: tendências e perspectivas da produção stricto sensu no Nordeste brasileiro. Revista Exitus, 8(3), 310-339.
Assis, A. & Teixeira, O. P (2003). B. Algumas considerações sobre o ensino e a aprendizagem do conceito de energia. Ciência e Educação, 9(1), 41-52.
Auler, D. (2002). Interações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade no contexto da formação de professores de ciências [Tese de doutorado em Educação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.
Auler, D. (2007). Enfoque ciência-tecnologia-sociedade: pressupostos para o contexto brasileiro. Ciência & ensino, 1(esp), 1-20.
Auler, D. & Bazzo, W. A. (2001). Reflexões para a implementação do movimento CTS no contexto educacional brasileiro. Ciência & Educação, 7(01), 01-13.
Auler, D. & Delizoicov, D. (2015). Investigação de temas CTS no contexto do pensamento latino-americano. Linhas Críticas, 21(45), 275-296.
Bazzo, W. et al. (2003). Introdução aos estudos CTS (Ciência, tecnologia e sociedade), Madrid: OEI.
Barbosa, J. P. V. & Borges, A. T. (2006). O entendimento dos estudantes sobre energia no início do ensino médio. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 23(2), 182-217.
Bennett, J., Lubben, F. & Hogarth, S. (2007). Bringing science to life: A synthesis of the research evidence on the effects of context-based and STS approaches to science teaching. Science Education, 91(3), 347-370.
Berraondo, J. G. (2018). Diseño iterativo de una secuencia de enseñanza-aprendizaje sobre el principio generalizado del trabajo y la energía en cursos universitarios de física general [Tese de doutorado em física aplicada]. Vizcaya: Universidad del País Vasco.
Bourdieu, P. (1983). O campo científico. Em R. Ortiz (Org.), Pierre Bourdieu: sociologia (122-155). São Paulo: Ática.
Bouzon, J. D., Brandão, J. B., Santos, T. C. D., & Chrispino, A. (2018). O ensino de química no ensino CTS brasileiro: uma revisão bibliográfica de publicações em periódicos. Química Nova na Escola, 40(3), 214-225.
Campos, A. (2014). A Conceitualização do Princípio de Conservação de Energia Mecânica Os Processos de Aprendizagem e a Teoria dos Campos Conceituais [Tese de doutorado em educação]. São Paulo: Universidade de São Paulo.
Carvalho, T., Dias, K. M. P., Russo, A. L. R. G., Braga, E. D. S. O., Santos, A. R., Santos, T. C. & Chrispino, A. (2021). A contextualização no Ensino CTS: uma análise das redes sociais. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, 14(1).
Conrado, D. M., Leal, F. B., Carvalho, I. N., Cruz, L. M. S., Souza, M. M. O. R., Almeida, T. P., Moura, U. O., Sepulveda, C. & El-Hani, C. H. (2012). Revista Contemporânea de Educação, 7(14), 335-358.
Chrispino, A., Lima, L. S. D., Albuquerque, M. B. D., Freitas, A. C. C. D. & Silva, M. A. F. B. D. (2013). A área CTS no Brasil vista como rede social: onde aprendemos? Ciência & Educação (Bauru), 19, 455-479.
Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed.
Cutcliffe, S. H. (2003). Ideas, máquinas y valores: Los estudios de Ciencia, Tecnología y Sociedad. Anthropos Editorial.
Fernandez, J. V. M., Lixandrão Filho, A. L., Guedes, S., Monteleone, P. D., Prearo, I., Cordeiro, G., Hernades, A. A. & Halder Neto, J. C. (2021). Uma nova estratégia para o ensino de física nuclear e radioatividade para o novo ensino médio: autoaprendizagem guiada por aplicativo web. Revista Brasileira de Ensino de Física, 43.
Feynman, R.P., Leighton, R.B. & Sands, M. (2008). Lições de física de Feynman: a edição definitiva, Porto Alegre: Bookman.
Foucault, M. (2006). O que é um autor? Em Ditos e Escritos: Estética – literatura e pintura, música e cinema (vol. III) (264-298). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Ganhor, J. P. (2022). O subcampo CTS na Educação em Ciências e suas compreensões acerca do conceito de participação: uma análise bibliométrica e bourdieusiana [Tese de doutorado em educação em ciências e educação matemática]. Cascavel: Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Gaspar, A. (2004). Cinquenta anos de ensino de Física: muitos equívocos, alguns acertos e a necessidade de recolocar o professor no centro do processo educacional. Revista de estudos da educação, 13(21), 71–91.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. Editora Atlas SA.
Gleiser, M. (2000). Por que ensinar Física. Física na escola, 1(1), 4-5.
Hansen, T. R., Marsango, D., Brum, D. L., Clerici, K. S. & Santos, R. A. (2020). O conceito de energia em periódicos da área de educação em ciências: a discussão da conservação/degradação de energia em práticas educativas de perspectivas Freire-CTS. Investigações em Ensino de Ciências, 25(1), 120-139.
Kikuchi, L. A. (2018). Ensino de Física Moderna e Contemporânea do Ensino Médio. Em Anais da XXIII Semana da Física.
Lima, N. W. & Nascimento, M. M. (2019). Nos becos da episteme: caminhos confluentes para uma contra colonização didática em meio à crise da verdade. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 36(3), 589-598.
López-Cerezo, J. A. (1998). Ciencia, Tecnología y Sociedad: el estado de la cuestión en Europa y Estados Unidos. Revista Iberoamericana de Educación, 18, 41-68.
Marques, A. J. & Silva, A. E. (2005). Utilização da Olimpíada Brasileira de Astronomia como introdução à Física Moderna no Ensino Médio. Física na Escola, 2(6), 34-35.
Marteleto, R. M. (2001). Análise de redes sociais-aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da informação, 30(1), 71-81.
Melo, T. B., Pontes, F. C. D. C., Albuquerque, M. B., Silva, M. A. F. B. & Chrispino, A. (2016). Os temas de pesquisa que orbitam o enfoque CTS: Uma análise de rede sobre a Produção Acadêmica Brasileira em Ensino. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 16(3), 587-606.
Membiela, P. (2001). Una revisión del movimiento CTS en la enseñanza de las Ciências. Em P. Membiela (Ed.), Ensenãnza de las Ciências desde la perspectiva Ciência- Tecnología-Sociedad. Formación científica para la ciudadanía, 91-103. Madrid: Narcea Ediciones.
Menezes, L. C. (1996). Paulo Freire e os Físicos. In M. Gadotti (Org.), Paulo Freire: uma bibliografia (640-641). Cortez Editora.
Mesquita, M. D. S. (2011). Matéria e radiação: uma abordagem contextualizada ao Ensino de Física [Dissertação de mestrado profissional em ensino de ciências]. Brasília: Universidade de Brasília.
Moreira, M. A. (2000). Ensino de Física no Brasil: retrospectiva e perspectivas. Revista brasileira de ensino de física, 22,(1), 94-99.
Paulo Neto, J. G., Oliveira, A. N. & Siqueira, M. C. A. (2019). Ensino de Física moderna e contemporânea no Ensino Médio: o que pensam os envolvidos? Revista de Educação, Ciência e Tecnologia, 6(1), 65-89.
Recuero, R. (2009). Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina.
Rodrigues, G. M. (2005). A abordagem do conceito de energia através de experimentos de caráter investigativo, numa perspectiva integradora [Dissertação de mestrado em ensino de ciências]. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Rendón, M. C. C. (2017). A propósito del principio de conservación de energía: una propuesta de reorganización conceptual para su enseñanza desde la perspectiva de Robert Mayer [Trabalho de conclusão de curso em licenciatura em matemática e física]. Medellín: Universidade de Antioquia.
Silva, D. J. (2019). A problematização no ensino da radioatividade em nível médio [Dissertação de mestrado profissional em ensino de física]. Rio de Janeiro: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense.
Silva, J. B. (2021). Uma Análise Sobre o Conceito de Tomada De Decisão na Literatura Fundamentada Pelo Movimento CTS [Dissertação de mestrado em educação científica e formação de professores]. Bahia: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Silva, R. P. (2016). Conservação da energia mecânica: uma sequência didática inspirada na ideia de UEPS [Dissertação de mestrado profissional de ensino de física]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos.
Solbes, J. & Tarin, F. (2008). Generalizando el concepto de energía y su conservación. Didáctica de las ciencias experimentales y sociales, (22), 155-180.
Solbes, J. & Tarín, F. (2004). La conservación de la energía: un principio de toda la física. Una propuesta y unos resultados. Enseñanza de las Ciencias, 22(2), 185-194.
Souza, V. R. (2015). Uma proposta para o ensino de energia mecânica e sua conservação através do uso de analogias [Dissertação de mestrado em ensino de física]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Vázquez-Alonso, Á. & Manassero-Mas, M. A. (2001). Opiniones entre las relaciones entre Ciencia, Tecnología y Sociedad. Tarbiya: Revista de investigación e innovación educativa, (27), 27-56.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 CC Attribution 4.0
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.
