Repensar a eficiência
Relevância epistêmica e avaliação do design de artefatos
Palavras-chave:
design de artefatos, eficiência, relevância epistêmica, agência material, experiência do usuárioResumo
Este artigo propõe uma reconceituação da relevância epistêmica no campo do design e da avaliação de artefatos. A partir de uma crítica às abordagens centradas exclusivamente na eficiência funcional, argumenta-se que o valor de um artefato não se esgota em seu desempenho técnico, mas inclui também dimensões afetivas, simbólicas e situadas. O texto desenvolve uma tipologia ampliada de eficiências, vinculada aos diferentes níveis da experiência do usuário, e examina como os artefatos mediam formas de atenção, de conhecimento e de habitação do mundo. Por meio do exemplo de diferentes cafeteiras, sustenta-se que os artefatos não são objetos neutros, mas agentes que incorporam perspectivas e moldam relações epistêmicas. Conclui-se que um design relevante não é apenas eficiente, mas capaz de transformar nossos modos de existência.
Downloads
Referências
Appadurai, Arjun (1996). Modernity at Large: Cultural Dimensions of Globalization. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Broncano, Fernando (2006). Entre ingenieros y ciudadanos: Filosofía de la técnica para días de democracia. Barcelona: Editorial Montesinos.
Broncano, Fernando (2023). La escala de las cosas. Humanismo y cultura material. Salamanca: Delirio.
Clark, Andy (1997). Being there: Putting brain, body, and world together again. Cambridge: MIT Press.
Feenberg, Andrew (2002). Transforming Technology. A Critical Theory Revisited. Oxford: Oxford University Press.
Feenberg, Andrew (1999). Questioning Technology. Abingdon: Routledge.
Floridi, Luciano (2008). Understanding epistemic relevance. Erkenntnis, 69, 69–92.
Floridi, Luciano (2011). Understanding epistemic relevance. En The philosophy of information (244-266). Oxford: Oxford University Press. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199232383.003.0011.
Floridi, Luciano & Sanders, Jeff W. (2004). On the morality of artificial agents. Minds and Machines, 14(3), 349-379. DOI: https://doi.org/10.1023/B:MIND.0000035461.63578.9d.
Galle, Per (2002). Philosophy of design: An editorial introduction. Design Studies, 23(3), 211-218. DOI: https://doi.org/10.1016/S0142-694X(01)00034-5.
Gettier, Edmund L. (1963). Is justified true belief knowledge? Analysis, 23(6), 121-123. DOI: https://doi.org/10.1093/analys/23.6.121.
Goldman, Alvin I. (1979). What is justified belief? En G. Pappas (Ed.), Justification and knowledge: New studies in epistemology (1-23). Dordrecht: Springer Netherlands.
Gorayska, Barbara & Marsh, Jonathon (1996). Epistemic technology and relevance analysis: Rethinking cognitive technology. En M. Steier & T. M. Mitchell (Eds.), Cognitive science and technology - Vol. 113 (27–39). Amsterdam: North-Holland.
Ihde, Don & Malafouris, Lambros (2019). Homo faber revisited: Postphenomenology and material engagement theory. Philosophy & Technology, 32(2), 195-214.
Ingold, Tim (2021). The perception of the environment: Essays on livelihood, dwelling and skill (2nd ed.). Abingdon: Routledge.
Kroes, Peter (2010). Engineering and the dual nature of technical artefacts. Cambridge journal of economics, 34(1), 51-62.
Malafouris, Lambros (2013). How things shape the mind: A theory of material engagement. Cambridge: MIT Press.
Malafouris, Lambros (2019). Mind and material engagement. Phenomenology and the Cognitive Sciences, 18(1), 1-17.
Norman, Donald A. (2005). El diseño emocional: Por qué nos gustan (o no) los objetos cotidianos. Paidós Transiciones.
Norman, Donald A. (2010). Living with complexity. Cambridge: MIT Press.
Norman, Donald A. (2023). Design for a better world: Meaningful, sustainable, and humanity-centered future. Cambridge: MIT Press.
Olivé. León (2000). El bien y el mal y la razón. Facetas de las ciencias y la tecnología. México: Fondo de Cultura Económica.
Olivé, León (2007). La ciencia y la tecnología en la sociedad del conocimiento. Ética, política y epistemología. México: Fondo de Cultura Económica.
Quintanilla, Miguel A. (2012), Tecnología: un enfoque filosófico y otros ensayos de filosofía de la tecnología. México: Fondo de Cultura Económica.
Quintanilla, Miguel A. y Lawler, Diego (2005). El concepto de eficiencia técnica. En Guillermo Denegri y Guillermo E. Martínez (Comps.), Tópicos actuales en filosofía de la técnica. Homenaje a Mario Bunge en su 80° aniversario (203-222). Mar del Plata: Universidad Nacional de Mar del Plata.
Preston, Beth (2013). A philosophy of material culture: Action, function, and mind. Abingdon: Routledge.
Simon, Herbet A. (1969). The sciences of the artificial. Cambridge: MIT Press.
Subramanian, Devika, Greiner, Russell & Pearl, Judea (Eds.) (1997). Relevance. Artificial Intelligence, 97.
Verbeek, Peter-Paul (2005). What things do: Philosophical reflections on technology, agency, and design. University Park: Penn State Press.
Varela, Francisco J., Thompson, Evan & Rosch, Eleanor (1991). The embodied mind: Cognitive science and human experience. Cambridge: MIT Press.
Winner, Landom (1986). The whale and the reactor: A search for limits in an age of high technology. Chicago: University of Chicago Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 CC Attribution 4.0

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todas os números de CTS e seus artigos individuais estão sob uma licença CC-BY.
Desde 2007, a CTS proporciona acesso livre, aberto e gratuito a todos seus conteúdos, incluídos o arquivo completo da edição quadrimestral e os diversos produtos apresentados na plataforma eletrônica. Esta decisão é baseada no entendimento de que fornecer acesso livre aos materiais publicados ajuda a ter uma maior e melhor troca de conhecimentos.
Por sua vez, em se tratando da edição quadrimestral, a revista permite aos repositórios institucionais e temáticos, bem como aos sites pessoais, o autoarquivo dos artigos na versão post-print ou versão editorial, logo após da publicação da versão definitiva de cada número e sob a condição de incorporar ao autoarquivo um link direcionado à fonte original.









